Perguntas e Respostas

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Sim. Uma vez aberta a embalagem o consumidor não tem mais segurança do que ela contém.

Não é impossível ao lojista fazer o chamado 'misturão': misturar rações com prazo de validade vencido e não vencido, rações de qualidades diferentes, rações de fabricantes diferentes, rações inclusive que não sejam devidamente registradas no MAPA. Tudo isso ele pode recolocar em uma embalagem de produto conhecido, com data de validade no prazo e vender como se fosse aquele produto.

Pode ocorrer fato mais grave: ele pode recolher alimento que eventualmente tenha caído no chão, que venha junto com terra, insetos mortos, fezes de ratos, que tenham se misturado a medicamentos que também tenham se derramado no chão. Tudo isso pode acontecer.

O alimento comprado em embalagem fechada, intacta, e que foi mantida em condições adequadas de armazenamento não está exposto aos riscos descritos acima. É também por isso que o médico veterinário deve desaconselhar veemente a compra de ração vendia a granel.


Médico Veterinário Prof. Dr. Aulus C Carciofi da FCAV/Unesp - Jab. 21 de fevereiro de 2015.

O contato do alimento com o oxigênio presente no ar permite que ocorra a oxidação das gorduras presentes nesta ração. Além de esta reação química gerar radicais livres que diretamente afetam negativamente a saúde dos animais ela faz com que caia o valor energético da ração.

A embalagem também protege o alimento da ação da luz. A luz também catalisa reações químicas na ração que promovem a diminuição da quantidade de vitaminas no produto. Um animal alimentado com produto com baixo teor de vitaminas desenvolverá sintomas de deficiência nutricional.

Um produto que fique exposto ao ar e à luz terá menor quantidade de vitaminas e menor valor energético do que o mesmo produto que foi conservado adequadamente dentro de sua embalagem.

O alimento comprado em embalagem fechada, intacta, e que foi mantida em condições adequadas de armazenamento não está exposto aos riscos descritos acima. É também por isso que o médico veterinário deve desaconselhar veemente a compra de ração vendia a granel.


Médico Veterinário Prof. Dr. Aulus C Carciofi da FCAV/Unesp - Jab. 21 de fevereiro de 2015.

O contato do alimento com o oxigênio presente no ar permite que ocorra a oxidação das gorduras presentes nesta ração. Quando a ração permanece aberta, em contato com o ar por longos períodos, esta oxidação acontece em maior quantidade. Na embalagem há polímeros apropriados para impedir a entrada de oxigênio. A oxidação das gorduras gera radicais livres que são elementos tóxicos e causam dano celular, câncer, depreção do sistema imune e  envelhecimento precoce. A oxidação da gordura também diminui o valor energético da ração.

A embalagem também protege o alimento da ação da luz. A luz também catalisa reações químicas na ração que promovem a diminuição da quantidade de vitaminas no produto. Um animal alimentado com produto com baixo teor de vitaminas desenvolverá sintomas de deficiência nutricional.

O controle de ratos, baratas e outros insetos deve ser preocupação constante de quem estoca ração. O alimento industrializado - a ração - de cães e gatos possui odor e sabor muito atraentes e os ratos têm olfato e paladar apurados. A ração descoberta ou coberta por algo que seja facilmente removível tem enorme possibilidade de ser visitada por ratos e insetos. Estes animais podem carrear mecanicamente agentes contaminantes que serão semeados neste alimento que depois será consumido pelo cão ou pelo gato. O rato, mais especificamente, tem como comportamento natural defecar e urinar enquanto se alimenta. A urina do rato é potencial transmissora de leptospirose.

O alimento comprado em embalagem fechada, intacta, e que foi mantida em condições adequadas de armazenamento não está exposto aos riscos descritos acima. É também por isso que o médico veterinário deve desaconselhar veemente a compra de ração vendia a granel.


Médico Veterinário Prof. Dr. Aulus C Carciofi da FCAV/Unesp - Jab. 21 de fevereiro de 2015.

Os alimentos industrializados vendidos a granel, comumente são vistos em várias regiões do país e podem sim gerar risco para a nutrição saudável dos animais. A indústria pet food se utiliza de embalagens altamente resistentes para ensacar seus produtos a fim de evitar contaminações e a oxidação do alimento desde sua saída da fábrica até o consumidor. A embalagem também ajuda a conservar o sabor e o cheiro do alimento que contém. Quando o lojista abre essa embalagem para vender o alimento a granel retira todos os cuidados até então realizados para a obtenção de um alimento seguro.

Se um cão ou gato tiver problemas gastrintestinais ou de qualquer outra ordem, após o consumo de determinada ração que tenha permanecido com a embalagem aberta em um pet shop, a causa do mal se deve à fabricação ou a contaminações ocorridas devido ao armazenamento inadequado? Ninguém poderá afirmar com segurança. Além disso, quem garante que aquele alimento é mesmo o identificado na embalagem? Uma vez aberto, o conteúdo pode ter sido trocado por alimento de aparência similar, não pode?

O médico veterinário tem papel importante: deve orientar os proprietários a NÃO comprar ração a granel. Ao fazê-lo o proprietário não só está colocando a saúde de seu animal em risco, como também está estimulando um mercado ‘irresponsável’, no sentido estrito do termo.  Afinal, deve sempre estar bem claro quem “responde” pela qualidade de cada produto.


Médico Veterinário Prof. Dr. Aulus C Carciofi da FCAV/Unesp - Jab. 21 de fevereiro de 2015.

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